O Caso Joelma e seu enigma.
(Por Cristiano Santoro - Perito Judicial)
Uma história de terror que poucas pessoas sabem, pois até hoje existem varias especulações sobre esse caso desde a investigação ate a perícia uma verdadeira fábula da além da imaginação que até hoje os especialistas tentam desvendar o caso, pois o histórico do local é familiar e bastante conturbado - uma verdadeira intriga de interesses para aquele local até a construção do prédio, um dos maiores aranhacéus daquele tempo!
O Edifício Joelma, um dos mais imponentes prédios do centro de São Paulo, ardeu em chamas por mais de quatro horas no dia primeiro de fevereiro de 1974. O resultado desta tragédia foram 345 feridos e 189 mortos. Até hoje especialistas garantem que o lugar é cercado por uma estranha energia espiritual. Suponhamos essa realidade nos dias de hoje.
Segundo testemunhas, o Edifício Joelma carrega uma maldição. Em 1948, existia uma casa onde hoje é o Edifício Joelma. Nela morava o professor de química, Paulo Camargo, 26 anos, junto com sua mãe e duas irmãs. Paulo assassinou a tiros a mãe e as irmãs e enterrou os corpos em um poço que mandara construir no quintal da casa. Depois, Paulo suicidou-se. A polícia trabalhou com duas hipóteses para o crime:
A primeira é que a família teria rejeitado uma namorada dele. A segunda é que Paulo teria matado a mãe e as irmãs porque elas portavam graves problemas de saúde, o que até hoje não tem qualquer tipo de relato clinico ou patológico de qualquer enfernidade, e ele não queria cuidar delas. O mistério da morte de toda a família nunca foi desvendado. Depois do resgate dos corpos, um bombeiro acabou também se tornando vítima da maldição e morreu de infecção cadavérica. O triplo assassinato, seguido de um suicídio, abalou a população de São Paulo e ficou conhecido como O Crime do Poço. O lugar ganhou fama de mal-assombrado.
Em 1972, a casa deu espaço a um prédio moderno de 20 andares. Era o Edifício Joelma. Por causa do Crime do Poço, a numeração da rua foi modificada, mas a maldição não foi esquecida. A processadora de dados, Volquimar, 21 anos, e seu irmão Álvaro trabalhavam no prédio. No dia 1º de fevereiro de 1974, às 8h45 da manhã, um curto circuito no ar condicionado do prédio deu início ao incêndio. Sem ter para onde fugir, as pessoas entraram em pânico. O calor chegou a 700ºC e muitos se jogaram do alto do edifício. O fogo praticamente destruiu o Joelma. Faltou água nos carros do Corpo de Bombeiros e a escada Magirus só conseguiu atingir uma parte do edifício. Volquimar morreu asfixiada por causa da fumaça e seu irmão Álvaro conseguiu sobreviver. Treze pessoas tentaram escapar pelo elevador, mas não conseguiram se salvar. Os corpos não foram identificados e acabaram sendo enterrados lado a lado no cemitério São Pedro, na capital. Os treze corpos deram origem ao mistério das treze almas e a elas são atribuídos milagres. Em 1979, a história de Volquimar se transformou em filme e durante as filmagens ocorreram fenômenos misteriosos. A cena da morte das personagens foi registrada por um fotógrafo. Quando reveladas, as fotos mostravam rostos de pessoas que não estavam nas filmagens. Depois do incêndio, o Edifício Joelma ficou quatro anos interditado para obras. Quando reaberto, ele foi rebatizado com o nome de Praça da Bandeira. Segundo testemunhas, os espíritos dos mortos vagam pelo prédio até hoje. O Edifício Joelma tem dezenas de salas vazias, mas a tentativa de livrar o local dos espíritos continua. As histórias em torno do antigo Joelma ainda são um grande mistério. Uns acreditam, outros duvidam e alguns têm certeza de que tudo é verdade.
Segundo perícias, a causa do incêndio foi um curto-circuito em um equipamento de ar-condicionado em um dos andares, provocando um super aquecimento na fiação elétrica, gerando o primeiro foco de fogo, o qual se espalhou por todo o edifício pois naquela época não tinha qualquer tipo de padrão de qualidade ou tecnologia antichama ou springlers, pois nessa década o Brasil não tinha qualquer tipo de cultura em prevenção de acidentes e incêndio - um caso não resolvido ate os dias de hoje.
o enigmático Joema tem várias historias como, por exemplo: as 13 Almas não identificadas.
Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no incêndio vagueiam pelo prédio até os dias de hoje. O local atrai centenas de curiosos, principalmente às segundas-feiras, dia das almas.
Ao lado da sepultura, existe hoje uma capela."Contam alguns visitantes que em certos momentos ouvem sons de pessoas chorando, e quando vão verificar de onde vem, descobrem que o som está sainda da tumba dos 13 corpos vítimas do incêndio, sendo que o som dos choros só pára quando colocam água sobre a sepultura"!
Vista Aérea do Cemitério São Pedro em São Paulo
(Coordenadas: 23°35'26.18"S, 46°33'53.89"O)
SERIA A INFLUÊNCIA DO PASSADO PREJUDICANDO O LOCAL?
"O CRIME DO POÇO"
(O Poço construído nos fundos da casa com o objetivo de servir de Túmulo para as Vítimas do Crime)
Dia 23 de novembro de 1948, depois de várias denúncias do estranho desaparecimentos de mulheres em uma casa da Rua Santo Antonio, no Bexiga, o químico e professor Paulo Ferreira de Camargo suicida-se no exato momento em que a policia retirava do poço do seu quintal os corpos de sua mãe e das duas irmãs, pessoas que ele havia matado há 19 dias.
“O Crime do Poço” como ficou conhecido, foi uma vingança de Paulo contra sua família que não aceitava seu romance com uma enfermeira. Havia muitas especulações, pois o suicida não dera nenhuma explicação.
Ao perceber a presença da polícia, cometeu o suicídio, deixando para sempre dúvidas e suposições das mais absurdas.
Paulo Ferreira de Camargo era Professor do Departamento de Química da Universidade de São Paulo, a qual se localizava naquela época na alameda Glette. Uma carreira brilhante, interrompida estupidamente.
Descobriu-se posteriormente que o Professor Paulo Ferreira fazia uso de drogas, isso talvez devido ao fácil acesso aos produtos químicos em sua profissão.
Também foi revelado por companheiros de onde lecionava, que o Professor Paulo Ferreira já apresentava há algum tempo um comportamento desequilibrado, pois andava armado, e segundo constatado, havia efetuado disparos com seu revólver no interior do laboratório de química da faculdade.
Observa-se que após a retirada dos corpos das vítimas de dentro do poço, um dos bombeiros morreu de infecção cadavérica, sugerindo ser mais uma vítima da "maldição" contida no local.
[Obs.: Infecção Cadavérica: (Infecção cadavérica é uma infecção adquirida quando em contacto com cadáveres, geralmente em necrotérios. O cadáver em decomposição é um depositório de bactérias e quando entra em contato com alguém sem luva, ou máscara, dá-se o contágio, provocando diversos tipos de infecções pelo corpo da vítima)
A casa ficou fechada por muitos anos. Mais tarde foi demolida e no seu terreno foi construído o Edifício Joelma de tão triste memória.
O Professor Paulo Ferreira de Camargo (O Assassino)
Momento do resgate dos corpos no interior do Poço
(Local onde o Bombeiro adquiriu a Infecção Cadavérica)
"Os acontecimentos ocorridos na área do Edifício Joelma seriam obra do acaso, ou haveria alguma maldição naquele local, talvez influenciada pelo crime ali cometido?
Quem sabe? A única certeza é que essa, bem como outras respostas estão "Além da Imaginação!"
Sexta-Ffeira, dia 1º de fevereiro de 1974
Corpos de algumas das vítimas do incêndio do Edifício Joelma
O saldo da tragédia foi de 179 mortos e 300 feridos.
Uma das tragédias desse incêndio que mais impressionou, foi o fato de treze pessoas tentaram escapar por um elevador, não conseguindo, e morrendo carbonizados em seu interior, sendo que devido ao estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época ainda não existia a análise de DNA, sendo então enterrados, lado a lado, no Cemitério São Pedro, localizado na Av. Francisco Falconi, 837, Vila Alpina em São Paulo.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas.